sábado, 31 de maio de 2008

Carlos Perez na Semana Cultural da UNIPAC

Foi com grande honra que aceitei o convite da UNIPAC para participar como palestrante na Semana Cultural do Curso de Administração Pública, realizada no Plenário da CMU, com o tema: A Cidade no Século XXI.
Com transmissão da TV Câmara, o debate contou com a participação de alunos e professores da UNIPAC além de pessoas da comunidade.
Questões sobre meio ambiente, trânsito, planejamento urbano e rural, água, ar, transporte coletivo, saúde, patrimônio histórico e cultural, entre outros, foram levantados pelos debatores.
Perguntas foram encaminhadas à mesa, após exposição dos convidados.
O evento contou também com participação especial de Renato Muniz à mesa, destacando a importância do debate com diversidade de idéias, ressaltando a importância da utopia em nossas vidas, pois sem ela nos acomodaríamos com a realidade a que nos é imposta.
Em minha fala não pude deixar de enfatizar a questão ambiental e a representação encaminhada ao MP contra a cana no perímetro urbano, além de questionar o modo de ocupação da zona rural e o descumprimento do Plano Diretor por parte do executivo.
Pedi aos presentes que participem desse movimento ampliando o abaixo assinado de adesão à representação citada e não deixem que os vereadores aprovem o projeto de lei do prefeito que quer aumentar para 30% da área total do município o plantio de cana.
Enfim, a questão ambiental foi apontada, por mim e Ivan Dela Roque, como sendo o grande desafio de Uberaba para este século XXI.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Me engana que eu gosto... Anderson e cia.

Assisti pela TV o secretário do Meio Ambiente ( o novo) propor um projeto sobre preservação ambiental na malha urbana. Até aí tudo bem. O engraçado é ver que até hoje não saiu do papel a representação que movemos contra a cana no perímetro urbano. Enquanto isso a Prefeitura parece ignorar a fiscalização da qual ela é a maior responsável. Enquanto uma mão permite esse abuso e ilegalidade, já que a cana ultrapassou o permitido em lei, a outra vem trazer paleativos insignificantes, como o plantio de pouco mais de 20 mil árvores, enquanto milhões já foram cortadas e ecossistemas estão sendo dizimados. Corredores ecológicos? Ah, isso é uma utopia. E o secretário ainda vem falar de "malha urbana" que representa apenas 3% do município todo. O resto? Dá-lhe cana!!! Estamos aguardando o MP marcar a primeira reunião de nossa representação. Estamos de olho... chorando... mas de olho!!!

Saiba mais no artigo abaixo sobre nossa representação no Ministério Público Estadual.

MP confirma fraude no leite

O Ministério Público Federal em Uberaba denunciou (acusou formalmente) nesta segunda-feira (19-05-2008)18 pessoas que foram investigadas no ano passado na Operação Ouro Branco por envolvimento em um esquema de fraude no leite, supostamente praticado por duas cooperativas mineiras --a Copervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande), com sede em Uberaba, e a Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro), sediada em Passos. O grupo foi denunciado por crime contra a saúde pública e por formação de quadrilha.
Maiores informações http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u403426.shtml

sábado, 17 de maio de 2008

Minc, pragmático e marqueteiro - Kennedy Alencar - Folha SP

Quem conhece de perto Carlos Minc diz que ele é muito mais pragmático do que Marina Silva. No cargo de secretário do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, ele viabilizou grandes projetos econômicos exigindo compensações ambientais, como replantio de árvores, recuperação de áreas devastadas, de lagoas e por aí foi. Ganhou a simpatia de grandes empresas. Em troca, ele obteve investimentos privados em projetos ambientais.
Beleza pura.
Pode ser uma boa política para o Estado do Rio de Janeiro.
Essa política servirá à Amazônia?
Quem entende da floresta mais importante do mundo acredita que não. A autorização de uma exploração econômica "sustentável" (palavrinha bem surrada e que serve de Blairo Maggi ao Greenpeace) tende a comer a floresta. Pode ir comendo aos poucos, mas vai comendo.
O ideal seria uma espécie de congelamento da Amazônia no tamanho atual. Alguns grandes projetos estratégicos, para geração de energia, por exemplo, deveriam ser autorizados. Mas não existe exploração que combine pecuária e soja com mata em pé. E a grande pressão sobre a Amazônia vem dessas duas atividades. Hoje, a pecuária seria uma ameaça maior.
O desafio de Minc é gigantesco. Ele mesmo já assumiu que é marqueteiro. Falou que vai prender desmatador em helicóptero da PF (Polícia Federal). Uma bola tão cantada assim tende a virar caricatura. Soou falso, por exemplo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ser fotografado vestido de farda com uma sucuri nos braços.
Obviamente, uma dose de pragmatismo fará bem ao governo. Mas, em termos de marketing, Minc tem pouco a ensinar a Lula e à própria Marina Silva, que não poderia ter escolhido melhor hora para deixar o posto.
A saída de Marina acuou o governo, que está subestimando o impacto nativo e internacional de sua queda. As pressões ambientais sobre o Brasil vão aumentar. A derrota de uma defensora da Amazônia foi e continua sendo notícia no mundo inteiro.
Lula e Minc terão de fazer mais do que prender desmatador nos helicópteros da PF. Piada o presidente já anda fazendo: deixar Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) na gestão do PAS (Programa Amazônia Sustentável) é de matar de rir. Ou será que é de chorar?